Há quase 2.000 feridos, e número de vítimas pode ser ainda maior.
Pelo menos 400 mil viraram refugiados ou deslocados internos, diz ONU.
Os confrontos étnicos que ocorrem desde o dia 11 no sul do Quirguistão já deixaram pelo menos 191 mortos, segundo o Ministério da Saúde do país da Ásia Central.
Fontes do Ministério disseram à agência russa "RIA Novosti" que, além das mortes, há 1.971 feridos, sendo que 957 deles foram internados. Várias entidades afirmam que estes números podem ser maiores.
Os choques entre quirguizes e uzbeques começaram em Osh, a segunda cidade do Quirguistão, na madrugada da última sexta-feira. Em seguida, os incidentes se propagaram à vizinha Jalal-Abad, apesar do estado de exceção decretado pelo governo provisório quirguiz.
A presidente interina do Quirguistão, Rosa Otunbayeva, também admitiu que o número de mortos pode ser "várias vezes superior" ao número divulgado pelo Ministério da Saúde, já que a tradição local é enterrar imediatamente os mortos, mesmo sem a confirmação do óbito por serviços de medicina legal.
As autoridades quirguizes denunciaram que a onda de violência foi provocada por manifestantes próximos ao presidente deposto Kurmanbek Bakiev, refugiado em Belarus.
Refugiados
A violência provocou êxodos em massa, com um saldo de pelo menos 400 mil refugiados e deslocados internos, informou à AFP uma porta-voz da Agência de Coordenação para Assuntos Humanitários da ONU, Elisabeth Byrs.
"Segundo as últimas estimativas das agências da ONU, há pelo menos 400 mil pessoas refugiadas e deslocadas por causa da violência", explicou Byrs.
O número de refugiados no Uzbequistão é calculado entre 75.000 e 100.000 pessoas, contando apenas os adultos, segundo a porta-voz.
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