domingo, 13 de junho de 2010

Entidades ambientais procuram sensibilizar moradores de Bequimão

Entidades ambientais procuram sensibilizar moradores de Bequimão


O Estado do Maranhão possui uma das maiores florestas de manguezais da América Latina. Em alguns locais, os manguezais chegam a fornecer 6t/ha de caranguejos, 30.000 t/ano de sururu, mel de abelha tiúba e uma biomassa vegetal de até 280t/ha constituída de sete espécies de árvores específicas desse ecossistema (Rhizophora mangle, R. harrisonii, R. racemosa, Avicenia germinans, A. scaueriana, Laguncularis racemosa e Conocarpus erecta).

As áreas de manguezais proveêm boa parte de proteínas essenciais para subsistência das populações locais. No município de Bequimão apesar de toda importância dos manguezais, a degradação, está se acelerando nas últimas décadas. O desmatamento, o derramamento de óleo, aterros para urbanização, especulação imobiliária, depósitos de lixo e esgotos. Soma-se a isso a utilização da madeira do mangue como fonte de combustível sob forma de lenha e carvão para cerâmicas, padarias e outras finalidades industriais. O aceleramento dos impactos sobre esse ecossistema com a atividade da carcinicultura, onde a diminuição do pescado esta diretamente associada à destruição dos manguezais.

Diante dessa situação que tende a se agravar com a carcinicultura e outros empreendimentos. O STTR de Bequimão em parceria com a Comissão Pastoral da Terra-CPT/Pinheiro, o CAMPOS e o Centro de Direitos das Populações da Região de Carajás - Fórum Carajás busca a sensibilização, a valorização e o resgate dos valores das populações tradicionais ribeirinhas, bem como do ecossistema manguezal na sua importância para a sobrevivência de centenas de famílias no município de Bequimão e consequentemente no Litoral Ocidental Maranhense. Ainda no sentido de elaborar propostas e fomentar a discussão sobre as ques-tões com essas comunidades afetadas para que elas possam contribuir na reversão do quadro de degradação que se desenha para a região.


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