O Ministério Público da Paraíba, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado), e as polícias Federal, Rodoviária Federal e Civil do Estado iniciaram nesta segunda-feira a prisão de uma quadrilha que vendia carteiras de motoristas por até R$ 2.000 em todo o Brasil.
O grupo atuava havia cinco anos e foi responsável pela emissão de cerca de 50 mil carteiras de habilitação irregulares, segundo o Gaeco.
Faziam parte do esquema servidores públicos, proprietários de autoescolas e despachantes, que atuavam principalmente na Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio de Janeiro. A maior parte da quadrilha estava na Paraíba: era o Detran de lá que emitia as carteiras irregulares.
Até as 12h, 35 pessoas já haviam sido presas. No total, 41 mandados de prisão devem ser cumpridos.
Segundo o coordenador do Gaeco, Otávio Paulo Neto, a forma de atuação da quadrilha era variada. Alguns dos beneficiados sequer pisavam no Detran da Paraíba: enviavam os documentos pelos Correios e recebiam a carteira de habilitação da mesma forma, algumas semanas depois. Outras pessoas chegavam a fazer as provas, mas eram beneficiadas por esquemas dentro do próprio Detran.
Boa parte dos beneficiados, de acordo com o Ministério Público, era analfabeta ou tinha sérias dificuldades ao dirigir. O grupo responderá pelo crime de formação de quadrilha, entre outros.
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