domingo, 13 de junho de 2010

São Luís / Meninos emasculados

São Luís / Meninos emasculados
12/06/2010 - 14h42

Francisco das Chagas enfrentará mais um júri na segunda-feira

Outros dois estão marcados para 21 de junho e 12 de julho. Ele já é condenado a 237 anos de prisão.

Imirante, com informações da Corregedoria
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Foto: Biaman Prado/ O Estadoampliar

imirante.com

SÃO LUÍS - O serial killer Francisco das Chagas Rodrigues de Brito, mecânico que ficou conhecido pelo "caso dos meninos emasculados", enfretará mais doi júris neste mês de junho e um outro no próximo mês de julho. Os três ocorrerão na Comarca de Paço do Lumiar, município da Ilha de São Luís. Francisco das Chagas já está condenado a 237 anos de prisão, resultante de sete julgamentos já ocorridos.

Francisco das Chagas já enfrenta um júri na próxima segunda-feira (14). O segundo será realizado no dia 21, e o terceiro no dia 12 de julho. Há outros seis processos contra Chagas em tramitação na comarca. Os três julgamentos integram a pauta do Mutirão de Júris que a 1ª Vara da comarca promove desde segunda-feira (7). A iniciativa é da juíza Jaqueline Reis Caracas, que terá a ajuda dos juízes substitutos Frederico Oliveira e Odete Mota.

O mutirão de júris tem pauta confirmada até 30 de julho. Das 19 sessões marcadas, 18 têm como referência processos da Meta 2 do CNJ (julgamento de processos distribuídos até 2005). Completa a lista um processo de réu preso.

Caso dos meninos emasculados

Francisco das Chagas Rodrigues de Brito é considerado o maior serial killer (assassino em série) do país. Atribuem a ele morte e mutilação de 42 meninos: 29 em São Luís e outros 12 no Estado do Pará, onde viveu entre 1989 e 1993. O roteiro macabro do mecânico de bicicletas de 45 anos duraria entre 1991 e 2004.

No primeiro julgamento, foi condenado a 28 anos e oito meses de prisão pelo homicídio de Jonathan Silva Vieira, 15 anos. Ele confessou ter cometido o crime em 2003.

No início de março, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça negou acolhida à apelação criminal em defesa de Chagas, mantendo a sua condenação, por júri popular, a 36 anos de reclusão pelo assassinato de uma criança em 2003. A defesa alegou falta de provas. Argumentou que o crime não fora testemunhado e que o júri sofrera influência da mídia.

Relator do recurso, o desembargador José Joaquim Figueiredo reafirmou a soberania das sentenças proferidas pelo júri popular, fez referencias à confissão do réu em casos anteriores, e com idênticas características, e ao depoimento de testemunhas sobre estranhos rituais praticados pelo acusado. Um exemplo seria acender velas onde foram achados os corpos.

A 1ª e 2ª varas da Comarca de São José de Ribamar, a 1ª Vara de Paço do Lumiar e a 11ª Vara Criminal de São Luís reúnem os processos que Francisco das Chagas responde no Maranhão.

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